Armação de Búzios (História)
Por volta de 1501 e 1502, os portugueses, recém chegados ao Brasil, realizaram uma expedição naval de reconhecimento ao longo do atual território de Cabo Frio e Búzios, batizando-o com o nome de Baía Formosa.
Em 1533, com a divisão das terras brasileiras em Capitanias Hereditárias, a ponta dos Búzios foi incluída na segunda porção da Capitania de São Vicente sem, contudo, ser colonizada. Os franceses, que também excursionavam pela costa brasileira, aproveitaram-se deste fato para traficar pau-brasil com seus aliados, os índios Tupinambás, subgrupo dos Tamoios e primeiros habitantes da região, chegando, inclusive, a realizar uma dezena de viagens, em 1548, e a construir fortalezas e feitorias, da Baía da Guanabara até Cabo Frio. O tráfico do pau-brasil por navios franceses, holandeses e ingleses a partir da ponta dos Búzios, reconhecida como excelente local de proteção devido a suas calmas enseadas, perdurou de 1580 a 1640, durante o domínio da Espanha sobre Portugal.
Entre 1616 e 1623, o capitão-mor de Cabo Frio, Estevão Gomes, reservou a restinga para assentamento da cidade, doando terras continentais propícias à pecuária e à agricultura para alguns poucos indivíduos e corporações religiosas do Rio de Janeiro, tendo estes que evalidar os títulos de propriedade com os herdeiros da Capitania de São Vicente. Data deste mesmo período (1617 a 1630), a criação da aldeia de São Pedro, a construção do forte São Mateus e a instalação de vigias, da ponta dos Búzios até o cabo de São Tomé, possibilitando, de forma mais efetiva, o combate ao desembarque e à dominação inimiga.
Os religiosos da Companhia de Jesus, instalados em São Pedro, receberam sesmarias, doadas também aos beneditinos e a alguns ricos do Rio de Janeiro. Com possibilidade de escolha entre as terras do rio Una e as da ponta dos Búzios, os jesuítas passaram a cultivar, neste local, junto com os índios, a mandioca, o feijão e o milho, e a pescar e criar gado em torno da lagoa de Geribá.
A partir de 1660, a Câmara de Cabo Frio incentivou o comércio de escravos africanos para a produção de sal, promovendo o arrendamento temporário de várias praias da região a negociantes de pescaria de arrasto, inclusive na ponta dos Búzios, como Geribá e Marimbondo (atual Ossos), apesar dos protestos dos jesuítas. Quase 30 anos depois, esses religiosos optaram pelas terras do Una, onde construíram a fazenda Campos Novos.
A aldeia de Armação dos Búzios só surgiu no século XVIII, como uma colônia resultante da pesca da baleia, capturada e tratada na Praia da Armação. Com este fim, as baleias eram arpoadas da ponta da Matadeira, arrastadas até a praia para a retirada das barbatanas, tendo seus esqueletos jogados na praia vizinha que, por este motivo, recebeu o nome de praia dos Ossos.
A denominação de algumas localidades de Armação dos Búzios tem origem no vocabulário indígena: Jeribá ou jerivá é uma palmeira comum na área litorânea, cujos coquinhos são de alto teor nutritivo. Tucum é outra espécie de palmeira litorânea, de cujas folhas são extraídas fortes fibras para a confecção de cordas e redes de pescar ou de dormir.
Em dado momento, autoridades coloniais usurparam o domínio legal da Câmara de Cabo Frio sobre a ponta dos Búzios, concedendo posse temporária dessas terras aos arrematantes do contrato monopolista de fabricação e exportação do óleo das baleias.
Na praia da Armação foram instaladas a fábrica, com fornalhas para a queima da gordura e tanques de armazenamento do óleo, a casa-grande dos administradores, a senzala e outras edificações, dentre as quais se destaca a capela de Sant’Anna, o monumento mais antigo da cidade, ainda hoje remanescente, erguida pelo negociante e comendador português Visconde de Brás de Pina, em homenagem ao milagre operado pela santa, em 1743, salvando do naufrágio um navio carregado de escravos, que pôde, assim, ancorar em segurança na praia dos Ossos. Por este motivo, Sant’Anna é reverenciada como padroeira de Armação dos Búzios.
Em 1533, com a divisão das terras brasileiras em Capitanias Hereditárias, a ponta dos Búzios foi incluída na segunda porção da Capitania de São Vicente sem, contudo, ser colonizada. Os franceses, que também excursionavam pela costa brasileira, aproveitaram-se deste fato para traficar pau-brasil com seus aliados, os índios Tupinambás, subgrupo dos Tamoios e primeiros habitantes da região, chegando, inclusive, a realizar uma dezena de viagens, em 1548, e a construir fortalezas e feitorias, da Baía da Guanabara até Cabo Frio. O tráfico do pau-brasil por navios franceses, holandeses e ingleses a partir da ponta dos Búzios, reconhecida como excelente local de proteção devido a suas calmas enseadas, perdurou de 1580 a 1640, durante o domínio da Espanha sobre Portugal.
Entre 1616 e 1623, o capitão-mor de Cabo Frio, Estevão Gomes, reservou a restinga para assentamento da cidade, doando terras continentais propícias à pecuária e à agricultura para alguns poucos indivíduos e corporações religiosas do Rio de Janeiro, tendo estes que evalidar os títulos de propriedade com os herdeiros da Capitania de São Vicente. Data deste mesmo período (1617 a 1630), a criação da aldeia de São Pedro, a construção do forte São Mateus e a instalação de vigias, da ponta dos Búzios até o cabo de São Tomé, possibilitando, de forma mais efetiva, o combate ao desembarque e à dominação inimiga.
Os religiosos da Companhia de Jesus, instalados em São Pedro, receberam sesmarias, doadas também aos beneditinos e a alguns ricos do Rio de Janeiro. Com possibilidade de escolha entre as terras do rio Una e as da ponta dos Búzios, os jesuítas passaram a cultivar, neste local, junto com os índios, a mandioca, o feijão e o milho, e a pescar e criar gado em torno da lagoa de Geribá.
A partir de 1660, a Câmara de Cabo Frio incentivou o comércio de escravos africanos para a produção de sal, promovendo o arrendamento temporário de várias praias da região a negociantes de pescaria de arrasto, inclusive na ponta dos Búzios, como Geribá e Marimbondo (atual Ossos), apesar dos protestos dos jesuítas. Quase 30 anos depois, esses religiosos optaram pelas terras do Una, onde construíram a fazenda Campos Novos.
A aldeia de Armação dos Búzios só surgiu no século XVIII, como uma colônia resultante da pesca da baleia, capturada e tratada na Praia da Armação. Com este fim, as baleias eram arpoadas da ponta da Matadeira, arrastadas até a praia para a retirada das barbatanas, tendo seus esqueletos jogados na praia vizinha que, por este motivo, recebeu o nome de praia dos Ossos.
A denominação de algumas localidades de Armação dos Búzios tem origem no vocabulário indígena: Jeribá ou jerivá é uma palmeira comum na área litorânea, cujos coquinhos são de alto teor nutritivo. Tucum é outra espécie de palmeira litorânea, de cujas folhas são extraídas fortes fibras para a confecção de cordas e redes de pescar ou de dormir.
Em dado momento, autoridades coloniais usurparam o domínio legal da Câmara de Cabo Frio sobre a ponta dos Búzios, concedendo posse temporária dessas terras aos arrematantes do contrato monopolista de fabricação e exportação do óleo das baleias.
Na praia da Armação foram instaladas a fábrica, com fornalhas para a queima da gordura e tanques de armazenamento do óleo, a casa-grande dos administradores, a senzala e outras edificações, dentre as quais se destaca a capela de Sant’Anna, o monumento mais antigo da cidade, ainda hoje remanescente, erguida pelo negociante e comendador português Visconde de Brás de Pina, em homenagem ao milagre operado pela santa, em 1743, salvando do naufrágio um navio carregado de escravos, que pôde, assim, ancorar em segurança na praia dos Ossos. Por este motivo, Sant’Anna é reverenciada como padroeira de Armação dos Búzios.

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